domingo, 7 de junho de 2009

40 Anos de Pasquim

O Pasquim completa 40 anos! Em matéria no Estadão de sábado (Caderno 2), podemos ver ilustrado a trajetória desse jornal que desde a época da ditadura, é referência no gênero. Confira!

























Edição por: Marília Vezzaro

Jornalismo Literário

A técnica de apurar e prender

O “New Journalism” trazido para o Brasil como Jornalismo Literário é um estilo que une o texto jornalístico com a literatura e história, com o objetivo de produzir reportagens mais profundas e detalhistas.

Esta forma de escrita também chamada de literatura da realidade, jornalismo de autor ou literatura não-ficcional é expressa através de livros, filmes, artigos de jornais e em meios virtuais. Com a marca de subjetividade que destoa da extrema objetividade do ‘lead’ jornalístico convencional.

Aparece na mídia no século XIX em solo europeu, na década de sessenta no território norte-americano com o estilo investigativo de Truman Capote, autor do livro-reportagem “A Sangue Frio”, onde conta detalhadamente um crime nos EUA acentuando o perfil das vítimas e dos criminosos.

No Brasil a prática foi exercida pelos jornalistas da Revista Realidade e do Jornal da Tarde que vão além das notícias, mergulham fundo nos fatos, onde exploram o lado autoral de cada jornalista que apura os dados minuciosamente.

Além de Truman Capote, outros jornalistas/autores também se destacam nessa modalidade tais como Gay Talese, Joseph Michel, Norman Mailer e alguns escritores como Euclides da Cunha, João do Rio e Gabriel García Márquez.

A liberdade de escrita atrai jornalistas e leitores para esse tipo de gênero jornalístico, principalmente na busca de compreender fatos importantes que ocorreram, mais a fundo.

O Jornalismo Literário é um conceito que rompe as correntes do lead, ultrapassa os limites dos acontecimentos cotidianos e propõe visões amplas da realidade, exercendo uma crítica literária, biografia, romance-reportagem, etc.. Gera a questão entre o limite da realidade e da ficção.

Saiba mais sobre Jornalismo Literário:

+ Os Sertões, de Euclides da Cunha

+ 10 Dias Que Abalaram O Mundo, de John Reed

+ A Sangue Frio, de Truman Capote











+ Chatô, O Rei do Brasil de Fernando Morais

+ Hiroshima, de John Hersey

+ A Luta, de Norman Mailer











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Texto por: Carlos Simalha
Edição por: Marília Vezzaro

sexta-feira, 5 de junho de 2009

"O Novo Socialismo"

Em artigo no Caderno 2 do Estadão de hoje, Nelson Motta explora a democracia que a internet nos possibilita, e a semelhança dessa "nova era" com o Novo Socialismo de Chris Anderson. Confira!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Jornalismo x Democracia


Jornalismo x Democracia

A grande possibilidade da democracia é que as contradições do sistema possam ser exploradas de maneira livre. Assim, mesmo num país de desigualdade, podemos ocupar espaços políticos e sociais para expor nossas ideias que podem fazer mal ao "corpo social" brasileiro.

Essa democracia não têm um caráter absoluto, não podemos dizer se ela é boa ou ruim, tendo em vista que os sistemas democráticos refletem em seus mecanismos de funcionamento. Ou seja, os interesses ou até mesmo os privilégios da classe que domina as estruturas do Estado.

A livre expressão e suas diversas manifestações é essencial para a formação do senso crítico e para a criação de uma sociedade heterogênea de atitudes e pensamentos, portanto a tendência é gerar um mundo com mais diversidade dentro da sua pluralidade.

Mas não é essa realidade que vemos na imprensa brasileira. O problema é que a maioria dos grandes centros de propagação de informações são controlados justamente por aqueles que possuem o poder político ou econômico, e aí deturpam essa virtude democrática que é a livre expressão.

Salvo a Internet. Onde a possibilidade de criar um espaço independente é muito maior do que a de criar um jornal impresso, por exemplo. É claro que nesse caso, a difusão nem sempre é tão grande, já que nem toda a população brasileira tem acesso a essa tecnologia. O conteúdo fica restrito a um certo grupo e a manifestação torna-se mais virtual do que real.

No livro História da Imprensa no Brasil, de Nelson Werneck Sodré podemos refletir sobre a livre expressão no Brasil: "...a imprensa oligopolizada e vinculada a estrutura social e política vigente definiu a sua alienação e perdeu qualquer traço do que é nacional aqui..."
"...só existe imprensa livre quando o povo é livre; imprensa independente, em nação independente -
e não há nação verdadeiramente independente em que o seu povo não seja livre."

Texto por: Juliana de Abreu
Edição por: Marília Vezzaro

terça-feira, 26 de maio de 2009

Jornalismo de Ideias

Falando um pouco sobre Jornalismo de Ideias

A Revolução Francesa em 1789, decorreu do descontentamento da população contra a monarquia francesa. Esse movimento histórico foi influenciado pela Independência da América do Norte e pelos ideais do Iluminismo que pregava, basicamente, os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité e Fraternité, autoria de Jean-Jacques Rousseau).

Em 26 de agosto de 1789 é aprovada em assembleia a "Declaração dos Direitos Humanos", de inspiração iluminista. A declaração permite o direito à liberdade, à igualdade perante a lei, à inviolabilidade da propriedade e ao direito de resistir à opressão.

Nesse contexto, a liberdade de imprensa surgiu do jornalismo participativo de revolucionários girondinos, formados por banqueiros e grandes comerciantes, e jacobinos, formados por classes mais pobres e dos intelectuais - nesse grupo se encaixam os jornalistas que eram iluministas fervorosos na época. A diferença entre esses dois grupos é que os girondinos eram conservadores e os jacobinos, considerados inovadores, mas ambos tinham o mesmo objetivo, derrubar a monarquia e instaurar o capitalismo industrial.

No Brasil, o jornalismo participativo começa com a vinda da corte portuguesa. Escrito por um cidadão comum, o primeiro panfleto "Folheto de Caille" foi o início da imprensa participativa. Era uma grande fonte de informação, já que eram publicado assuntos políticos complexos de uma forma mais simples para a população. Vale lembrar também que nesse período havia liberdade de imprensa, qualquer cidadão podia dar seu palpite.

O primeiro jornal politicamente independente foi o "Revérbero" com Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa como os principais jornalistas. As ideias principais publicadas eram sobre a independência do Brasil e o estabelecimento de uma Assembleia Constituinte e Legislativa. Teve duração de um pouco mais de um ano, logo após a independência houve a volta da censura e consequentemente o jornal foi fechado e seus autores exilados.



Outro jornal de importância foi o "Sentinelas" fundado em 1822 por Cipriano Barata, o primeiro com ideais Republicanos no Brasil. Com a volta da censura o autor foi perseguido e preso, passou por várias prisões e mesmo durante 8 anos em cárcere, publicava outros jornais de cunho idealista. Foi considerado um dos maiores jornalistas de sua época.

No fim da metade do século XIX, começam a surgir jornais abolicionistas e republicanos. Jornalistas influentes discutiam os ideias progressistas, combatiam a escravidão, se posicionavam contra o governo e defendiam um sistema republicano, faziam reflexões iluministas, entre outros aspectos idealistas que se propagavam na imprensa brasileira.
Texto por: Juliana de Abreu
Edição por: Marília Vezzaro